terça-feira, 2 de novembro de 2010

Não, negativo, muito pelo contrário e vice-versa

No Brasil, tudo é motivo para se fazer história. Como esta imprensa gosta de EXALTAR e CRIAR preconceitos onde não existe. Só existe na cabeça destes jornalistas chapas brancas. Tudo é motivo para ser exaltado como se fosse coisa de outro mundo. Eu acredito que no fundo mesmo, é usar subterfúgios para criar uma manta protetora para determinada pessoa. Assim, tal pessoa fica imune às críticas, pelos seus erros e desvios. Se houver crítica, os preconceituosos de plantão (os mesmos que usam esses subterfúgios) vão dizer que as críticas só são feitas por puro preconceito. Em regra esta pessoa fica acima do bem e do mal.
Vamos a alguns exemplos:

A Ministra Ellen Gracie do STF foi a primeira mulher a ser ministra. O Ministro Joaquim Barbosa foi o primeiro ministro negro do STF. O lulla lellé foi o primeiro operário a ocupar a presidência. A Dilmásia foi a primeira mulher a ocupar a presidência.

Aí, eu pergunto: E eu com isso???

Fosse mulher, sapatão, gay, baixo, gordo, preto, amarelo, seja lá o que for, não me importa. Creio que não importa a mais ninguém. Tem é que trabalhar, mostrar serviço tanto quanto os demais.

Até parece que o fato destas pessoas serem "as primeiras" irá lhe dar imunidade para fazer o que bem entender! Não, negativo, muito pelo contrário e vice-versa (rs).
Cumpra a lei. Basta!

Assim foi com o lulla lellé. O fato de ser semi-analfabeto (ainda é) e operário (há três decadas atrás) sempre foi motivo para lhe dar IMUNIDADE nos seus atos e nas falcatruas no desgoverno delle.
Já está na hora de parar com isso. Não cola mais, não dá, cai fora.
A lei deve ser igual para todos. As oportunidades devem ser iguais para todos.  As obrigações também.


A primeira mulher presidente do Brasil
Rodrigo Constantino
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/


Dilma tem usado a "cartada do gênero", o que ficou claro no seu primeiro discurso após a vitória na eleição. Ela insistiu bastante na questão de ser a primeira mulher eleita para presidente do Brasil, e boa parte da grande imprensa comprou este discurso. De minha parte, penso que se trata de uma grande bobagem. É que rejeito toda forma de coletivismo, seja de sexo, classe ou raça. O que importa para os brasileiros qual é o sexo do presidente? O que importa qual a cor do presidente? Nada disso é realmente relevante.

Na América Latina tivemos recentemente duas mulheres presidentes, uma no Chile e outra na Argentina, ambas de esquerda. Mas a primeira soube ser responsável com a herança econômica e o país passou ao comando de um empresário liberal faz pouco tempo, fazendo do Chile um caso raro de estabilidade política e bom crescimento econômico na região. Já a segunda, que recentemente se tornou viúva, tem feito um péssimo governo populista, prejudicando as empresas, perseguindo a imprensa, alimentando a inflação.

Viva a mulher no poder! Mas... qual mulher? Margaret Thatcher, a "dama de ferro", foi a poderosa personalidade por trás das reformas liberalizantes na Inglaterra, que estava entregue às máfias sindicais e à inflação. Isso já ocorreu há muitos e muitos anos, no começo da década de 1980. Viva a mulher no poder! Mas... depende muito de qual mulher estamos falando, não? Eu adoraria ter uma Thatcher como presidente do Brasil, para privatizar estatais paquidérmicas que servem apenas para empreguismo de parasitas. Mas eu teria calafrios com uma Heloísa Helena como presidente, assim como fico tenso - um pouco menos, é verdade - com Dilma no poder. Aliás, tem muita mulher por aí mais "macho" que muito homem.

O sexo não é prerrogativa para competência ou apreço pela liberdade. De fato, o sexo diz muito pouco sobre alguém. Assim como a cor. Quando Obama foi eleito nos Estados Unidos, a comoção com o "primeiro presidente negro" foi geral. Eu, à contramão, escrevi alguns artigos mais céticos, contra aquela onda irracional e religiosa de "esperança". O que importa a cor da pele mais escura de Obama? Eram outras questões que deveriam estar em jogo. Obama é estatista, defende mais intervenção na economia, ataca o clima de estabilidade dos negócios, e com isso posterga a recuperação econômica. Seu programa de saúde universal é demagógico e as questões "chatas", como a conta para pagar por isso, são deixadas de lado num país cujo governo já está endividado até o talo. Mas milhões choraram de alegria por causa da cor de pele do presidente americano...

Agora ele vai ter o resultado que merece: uma contundente derrota nas urnas, possivelmente perdendo a maioria democrata no Congresso. Boa parte disso se deve ao movimento Tea Party, que procura resgatar os valores liberais dos "pais fundadores" da nação. Com desemprego perto de 10% e economia ainda patinando, a popularidade do presidente negro, o "messias salvador", está lá embaixo. A "cartada racial" não durou muito. E, justiça seja feita, Obama nunca se aproveitou tanto dela. Já Dilma tem repetido bastante a sua natureza feminina. A primeira mulher presidente do Brasil! E eu pergunto: e daí? Se ao menos fosse alguma outra mulher...