quarta-feira, 9 de maio de 2012

Estado-babá e a população infantilizada


Democracia é o termo que substituiu e muito bem a escravidão.
Democracia é sinônimo de escravidão legalizada. No sistema atual, democracia se confunde com escravocracia.
Para ser dar uma roupagem de liberdade, inventaram um sistema em que o próprio povo, através de eleições ditas democráticas, autoriza uma agência (o estado) a lhe impor diversas restrições de liberdades e de patrimônio, equivalentes a uma escravidão legal.

O estado tunga o bolso e a liberdade da população de diversas formas.

Polícia, ao invés de combater a bandidagem, fica importunando trabalhadores com as famigeradas blitzes (que digam os famosos) enquanto os bandidos estão matando inocentes.

O estado é um santo que faz milagre com o bolso alheio.

Nesta democracia, a população é obrigada a votar em seu representante.
Ocorre que este “seu” representante só lhe traz prejuízos e restrições de liberdade.
Que tipo de representação é essa que só traz prejuízos a seu representado?

Os estatistas (em causa própria) dizem que nas eleições, o povo elege os seus empregados.  Pura enganação.
Na realidade, a cada quatro anos, a população elege os seus senhores feudais e patrões.

Quando estes patrões cometem as falcatruas que sempre cometem e cometeram, a culpa recai exatamente sobre a população e não sobre os vagabundos estatais.

Onde já se viu o cidadão ser obrigado a aceitar o tal “contrato social” do qual ele jamais poderá se exonerar  e ainda chamar este troço de democracia?
Onde já se viu obrigar o cidadão se se submeter aos caprichos de uma minoria estatizada e ainda chamam isto de democracia?

Definitivamente não há diferença substancial entre democracia e escravidão.
Talvez a diferença marcante está no fato de que a escravidão foi imposta sem a autorização do escravizado.
Já nesta famigerada democracia, a escravidão é “autorizada” pelo escravizado através de “eleições democráticas”, na qual, a grande maioria absoluta jamais conseguira se eleger em algum cargo.

A pessoa nasce já dentro de um contrato social do qual jamais poderá se livrar e é submetido à vontade da minoria bandidagem estatal (bandidagem qualificada)  e dos bandidos comuns (ladrões, homicidas e latrocidas).

Parece que a população totalmente infantilizada (a criança não precisa assumir responsabilidade) precisa de um estado-babá (escravocacia) e sofre de síndrome de estocolmo.

Isto é democracia.

Fonte: http://www.ordemlivre.org/2012/05/o-triunfo-do-estado-baba/

Entre a multidão das etiquetas que foram inventadas para caracterizar o moderno sistema político poucos aparecem mais adequadas que chamar o estado moderno “estado-babá”. Capitalismo, imperialismo, estado de bem-estar, estado de guerra – cada um dessas características cabe mais ou menos para um ou outro estado moderno, mas o que une países tão diferentes como, por exemplo, Dinamarca, os Estados Unidos e o Brasil, é que apesar de todas as suas diferenças são todos estados-babá.

As raízes do estado-babá

Tudo o que foi deixado do capitalismo liberal desapareceu nas cinzas da Primeira Guerra Mundial. A economia de guerra tornou-se a grande inspiração para o planejamento central e o controle governamental. Esta guerra de 1914 a 1918 foi o ventre que deu à luz o comunismo e o nazismo e também o berço do moderno estado de bem-estar intervencionista. Este estado que promete a proteção social, mas pratica guerras permanentes contra inimigos reais e imaginários dentro e fora do país tornou-se o sistema político dominante desde o início do século 20.

Os princípios deste estado moderno são a corrupção e o suborno. Os beneficiários da gama de suborno podem ser empresas ou sindicatos, podem ser privilégios exorbitantes para a burocracia em geral ou para setores específicos, tais como o militar ou o fomento de certas áreas de pesquisa científica selecionadas por critérios duvidosos. Entre as muitas variedades se destacam os variantes do estado de bem-estar e da guerra com suas subcategorias que caracterizam este estado predatório como estado intervencionista, burocrático, corporativista, plutocrático e cleptocrático.

Enquanto no século 19 ainda era principalmente a defesa da liberdade que servia como critério para limitar a atividade estatal, esse critério desapareceu em favor da eficiência econômica. O moderno estado de bem-estar e da guerra não está preocupado com a preservação da liberdade; a única barreira contra a sua expansão infinita são os limites estabelecidos pela eficiência econômica. De princípio, o capitalismo livre é odiado pelos estadistas. Mas sabendo que a abolição seria suicida para a regra do estado, o capitalismo livre está tolerado parcialmente em um nicho dentro de limites impostos pelo estado para servir como a vaca que dá leite.

O estado-babá em ação

O estado social moderno esconde suas raízes fascistas, comunistas e bélicas e apresenta-se hoje como o estado-babá. O estado-babá tem sua origem no movimento progressista nos Estados Unidos, que lançou seu programa totalitário de controle comportamental que varia da proibição e da esterilização forçada até a eugenia e eutanásia. Enquanto o fascismo e o comunismo mostravam o lado negro deste sistema, o estado-babá mostra seu lado aparentemente ensolarado. Enquanto o fascismo e o comunismo transformavam nações inteiras em brutos, o moderno estado-babá cria a infantilização de seus cidadãos. Não é só “panem et circensis” que acompanha o cuidado universal do berço ao túmulo; o estado-babá também provoca uma confusão de valores, um relativismo desenfreado. A expansão do controle comportamental por parte do estado abrange todas as áreas da existência humana, com guerras sem fim sendo travada internamente (como a “guerra contra drogas”) e externamente (como a “guerra contra o terrorismo”).

Da mesma maneira, o estado-babá apresenta-se como a agência que protege o bebê contra tabagismo, álcool, obesidade, carne vermelha e até contra quedas de bicicleta sem proteção. Desta maneira a sociedade moderna é empurrada para um estado de agitação permanente quando todos são tratados como crianças. A combinação entre a agitação e a infantilização traz o cidadão a um estado de confusão mental e exaustão psíquica que fornece o caminho para manipulações de todos os tipos – sejam políticas ou comerciais.

Como é baseado em suborno, o sistema do estado de bem-estar e da guerra esta em permanente necessidade financeira. As autoridades estão sempre desesperadas com o crescimento econômico e o emprego, porque daí que os impostos vêm. Receitas fiscais, no entanto, nunca serão suficientes para financiar os gastos em suborno para manter o clientelismo e, portanto, precisa-se do financiamento pela dívida pública, que, por sua vez, torna este sistema inerentemente inflacionário e economicamente instável.

Crise sem fim

Enquanto o estado está em crise fiscal permanente e exposto ao carrossel selvagem das despesas, impostos, dívidas e crises fiscais, ao mesmo tempo o estado moderno inventa todos os dias novas regulamentações, novos problemas e novas deficiências que só podem ser curados por este mesmo estado. Assim, surge a pressão permanente e desumana de colocar todos como escravos no esforço de aumentar a eficiência da economia – do mesmo jeito como o senhor procura incentivar os seus escravos para maior produção. Enquanto os governos e suas burocracias atuam como campeões de ineficiência e se mostram como mestres do desperdício dos recursos, os líderes do estado intervencionista de bem-estar anunciam cotidianamente novos apelos que a economia deve tornar-se mais competitiva, precisaria acelerar o progresso tecnológico e deveria crescer mais rápido. Enquanto o capitalismo de estado afirma ter o “bem-estar” como objetivo principal, a força de trabalho está sob um permanente reinado de terror para atender normas imaginárias de desempenho. Ao mesmo tempo o comportamento pessoal está sob a vigilância constante segundo o critério de sua adequação “social”. Como a babá na vida real, o estado-babá anuncia que tudo que ele quer é o melhor para o bebê e que o bebê precisa obedecer porque senão será punido.

O estado intervencionista de bem-estar e de guerra cria uma atmosfera febril com seu hiperativismo. Quando não há problemas, precisam ser inventados; quando não há inimigos, precisam ser criados – internamente e externamente. Todos os dias as autoridades buscam encontrar um novo grupo que é desfavorecido e vulnerável e que “precisa” da ajuda da babá-governante.  Há evidências quase ilimitadas de que o moderno estado intervencionista não resolve problemas, mas cria cada vez mais problemas. Seja saúde ou educação, seja segurança interna ou externa, o estado moderno não se mostra capaz de gerar soluções. O que acorre no Brasil não é muito diferente também em outros países: incapaz de prevenir crimes, há cada vez mais pessoas encarceiradas; incapaz de resolver o caos do trânsito, o que o estado faz é impor mais duras multas e punições; incapaz de aprimorar a educação básica no país, o governo impõe cotas nas universidades.

A escravidão moderna

Querendo ou não, o “cidadão” moderno desistiu da sua liberdade original e da sua responsabilidade individual e entregou-as ao estado. O Leviatã se tornou totalitário.
Não é mais a segurança física o ponto principal, mas cada aspecto da existência humana. O homem moderno abandonou mais liberdade do que o escravo da antiguidade porque deixou não só o seu corpo físico em cativeiro, mas entregou seus pensamentos também.

Analisando a “Democracia na América” (1835), Alexis de Tocqueville já alertava sobre o risco de a democracia transformar o estado de direito em um sistema de ditadura da maioria.  O “contrato social”, um acordo geral de submissão voluntária, serve apenas aos donos do poder. Como tal, o tratado expõe sua falha fundamental. O próprio acordo mostra seu caráter ilegítimo pelo fato de que ninguém no seu perfeito juízo iria celebrar um contrato que implica a incapacidade mental do cidadão. Por esta lógica, o escravo moderno perdeu o seu direito de voz política.

Como Imanuel Kant explicou em 1793, um governo que expõe o princípio da benevolência com o povo como um pai faz para os seus filhos representa “o maior concebível despotismo”.  Um governo que trata os seus cidadãos como bebês e dita um determinado caminho da felicidade atua como déspota e, como o povo tem suas próprias ideias de felicidade, transforma os cidadãos em rebeldes.

Em nosso tempo o comunismo falhou, mas na forma da “tirania da maioria”, como já alertou John Stuart Mill no seu Ensaio sobre a Liberdade de 1859, a ditadura do proletariado contamina a “opinião pública”. Hoje em dia, muitos intelectuais e o sistema de justiça em vez de defenderem as liberdades individuais funcionam como propagandistas e ativistas dos preconceitos modernos que chegam vestidos com as roupas do “politicamente correto” enquanto são nada mais que uma opinião pública distorcida.

Conclusão

O principal evento para lançar o estado de bem-estar e da guerra do século 20 foi a Primeira Guerra Mundial. Esta guerra instalou o recrutamento em massa e um surto de fanatismo ideológico. Esta guerra preparou a plataforma do lançamento para o fascismo e o nacional-socialismo, o comunismo e todas as outras formas de intervencionismo estatal e de totalitarismo ideológico. A mentalidade para o estado-babá já foi preparada pelo movimento progressista americano. Hoje em dia, este sistema mostra a sua cara aparentemente benevolente e “progressista” na forma do estado-babá enquanto o seu lado totalitário se manifesta como o despotismo da opinião pública na sua moderna forma de ditadura do proletariado.