quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Brasil é um pais de tolos e analfabetos funcionais.

Sendo que a grande maioria da população é formada por analfabetos funcionais, somando-se a enorme publicidade oficial partidária endêmica, um ministério público omisso, poder judiciário intimidado pelo petismo, um presidente que viola as regras comezinhas  de um estado de direito e o serviço público sofrendo de uma corrupção visceral, nada mais surpreende.




“O Brasil é o império das ilusões” (Jean Baudrillard, 2002)
Há muitos exemplos para ilustrar o título acima. Aqui, serão relatados apenas os mais recentes factóides desde 2008 – entenda-se aqui pela palavra, fatos imaginários com a aparência de fatos reais. Esses factóides, de outro ponto de vista, podem ser meramente vistos como simples exercícios mentais, ainda que, com profundas implicações políticas.


Em primeiro lugar, vem a questão do pré-sal. Aqui, de fato, há um truque de semântica. O nome real do projeto deveria ser: exploração de petróleo em águas profundas. Obviamente, águas profundas significam dificuldades, e assim a palavra correta foi evitada. De fato, trata-se de uma tarefa impossível para um Estado semi-falido como é o caso do Estado brasileiro. 


O hilário nesse caso é que já começou um debate acirrado, no Congresso Nacional, quanto à divisão de “royalties” - uma verdadeira divisão do butim entre Estados. Aqui, há novamente um truque de semântica. A palavra royalty, de origem inglesa, significa, nesse caso, simplesmente impostos. O significado inglês da palavra foi totalmente desvirtuado. De fato, o significado original é o único registrado em nossos dicionários  em 2010, mas atualmente essa palavra só é usada dessa maneira no âmbito do comércio internacional. Essa tarefa de enganar a população não é nada difícil num país onde 75% dos cidadãos não sabem sequer o significado da palavra imposto. Uma boa pergunta é por que tal nível de idiotia. Essa é a principal razão de Lula ser tão popular.

A segunda tonteria é o trem de alta velocidade. Trata-se de uma grande ideia que está se desenvolvendo nos países desenvolvidos de grandes extensões territoriais, como os Estados Unidos, por exemplo, e na emergente China. Esse trem ligaria as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. Dada a realidade brasileira, trata-se de uma asneira econômica de grosso calibre, mas a ideia, por si só, transmite a mensagem, ou miragem, de uma grande “nação”….

A terceira tonteria é a construção de Belo Monte, uma grande represa no Rio Xingu, Pará, para a geração de energia elétrica. O Estado não tem recursos nem para manter sua deteriorada infra-estrutura – estradas, portos, aeroportos, etc. Sequer tem dinheiro para tapar os buracos de ruas e avenidas nas grandes cidades e consertar as calçadas. Ele tem que pagar muitos privilégios tais como as aposentadorias hereditárias para filhas “solteiras” – e parideiras, diga-se de passagem - de funcionários públicos e, ademais, altos salários para os funcionários de empresas estatais. Eis a cruel realidade.

A quarta tonteria é a construção do Brasil como uma potencia militar global. Chega a ser realmente ridícula tal pretensão. Um país que não fez uma única guerra nos últimos 150 anos e cujo orçamento militar é gasto basicamente com aposentadorias – a maior parte delas hereditárias!

Após cinco/seis anos de preços estratosféricos das commodities devido ao maior período de expansão econômica da historia humana, os cofres da União encontram-se abarrotados de dólares. Dessa forma, o governo ronca papo, já há algum tempo, que irá comprar submarinos nucleares e caças da França.

Afinal, há coisa de uns 50 anos, compramos um porta-aviões da Inglaterra, verdadeiro pau-velho, sem sequer termos aviões! O lúcido Juca Chaves, naquele então, cantou seu fabuloso “Brasil já vai a guerra, comprou porta-aviões….”

Em 7 de setembro de 2009, Sarkozy foi convidado às pressas para a cerimônia em Brasília para fechar definitivamente  o negócio.

Na ocasião, houve acrobacias de aviões e parada militar, como é do habito local. Trata-se de um show, via TV, para mostrar o Brasil como potência militar. Afinal, aqui existe a lenda, criada por Vargas – nosso gênio original da malandragem -, que foi Santos Dumont que, em Paris, inventou o avião, e que ele teria se suicidado devido ao seu uso militar. Que alma ingênua e magnânima seria a de Santos Dumont!

Pobre Sarkozy! A razão de sua presença no palanque do dia 7 de setembro era simplesmente aumentar o grau de popularidade de Lula. Quanto a venda de caças e afins, sabe lá Deus.”


J. Cássio.